Discutir as doenças negligenciadas na Amazônia durante a COP 30 é de grande importância pelos seguintes motivos:
1. Impacto nas Populações Vulneráveis
A Amazônia abriga comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e populações rurais que são altamente vulneráveis a doenças negligenciadas, como malária, leishmaniose, doença de Chagas e esquistossomose. Essas doenças são agravadas pela falta de acesso a serviços de saúde adequados.
2. Mudanças Climáticas e Doenças Tropicais
O aquecimento global e as alterações nos padrões climáticos podem expandir o habitat de vetores, como mosquitos e flebotomíneos, aumentando a incidência e a distribuição dessas doenças.
3. Desmatamento e Urbanização Descontrolada
A expansão agrícola, mineração e a urbanização na Amazônia alteram ecossistemas naturais, aproximando humanos de vetores e reservatórios de doenças. Isso favorece o surgimento de novas zoonoses e a propagação de doenças negligenciadas.
4. Saúde Planetária e Justiça Social
A discussão na COP 30 pode integrar saúde humana, ambiental e animal, promovendo uma abordagem de saúde planetária. Além disso, aborda a justiça social, já que essas doenças afetam desproporcionalmente populações marginalizadas.
5. Visibilidade e Financiamento
Levar o tema à COP 30 ajudaria a aumentar a visibilidade global das doenças negligenciadas, atraindo mais investimentos em pesquisa, prevenção e tratamento, além de fortalecer políticas públicas de saúde na região amazônica.
6. Interconexão com a Biodiversidade e Ecossistemas
A saúde dos ecossistemas amazônicos está diretamente ligada ao controle de doenças. A conservação da biodiversidade ajuda a regular populações de vetores, enquanto o desmatamento desestabiliza esses controles naturais.
Texto por: Professor Doutor David Bichara